| Comentário do Evangelho
"Se compreenderdes, sereis bem-aventurados"
Várias vezes encontramos nos Evangelhos a proclamação de bem-aventuranças (makarioi: bem-aventurados, às vezes traduzido simplesmente por felizes). São conhecidas as bem-aventuranças do início do Sermão da Montanha, em Mateus (5,3-11), e do sermão da planície, em Lucas (6,20-22). Outras podem ser lembradas: "Bem-aventurado aquele que não se escandalizar por causa de mim!" (Mt 11,6; Lc 7,23); "Bem-aventurados, antes, os que ouvem a Palavra de Deus e a observam" (Lc 11,28); "Se compreenderdes isso e o praticardes, sereis bem-aventurados" (Jo 13,17); "Bem-aventurados sois, se sofreis injúrias por causa do nome do Cristo" (1Pd 4,14). A bem-aventurança não é a promessa de uma recompensa a uma ação que se propõe. A bem-aventurança é a confirmação de um estado de felicidade em que se vive, na prática de ações em conformidade com a vontade de Deus. Os discípulos que usufruem a presença de Jesus, aos quais está sendo revelada a proposta do Reino, são bem-aventurados. Eles veem Jesus e ouvem as suas palavras - coisas que muitos profetas e justos gostariam de ter visto e ouvido. há tempo para tudo. No tempo da encarnação os primeiros discípulos gozaram desta bem-aventurança. Porém, terminado o ministério de Jesus na história, são "bem-aventurados os que não viram e creram!" (Jo 20,29). Joaquim e Ana, pai e mãe de Maria segundo a tradição, são bem-aventurados por sua filha.
Autor: José Raimundo Oliva
| |
Nenhum comentário:
Postar um comentário