domingo, 11 de julho de 2010


Evangelho (Lucas 10,25-37)

Domingo, 11 de Julho de 2010
15º Domingo Comum


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— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?”
26Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês?”
27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!”
28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”.
29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?”
30Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora, deixando-o quase morto.
31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado.
32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado.
33Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele.
35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais’”.
E Jesus perguntou:
36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”
37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.





Comentário do Evangelho

Amar a Deus e o amar ao próximo

Na obra de Lucas (Evangelho e Atos), predomina o caráter teológico sobre o histórico ao se fazer memória de Jesus de Nazaré. Marcos e Mateus já haviam apresentado a narrativa sobre o primeiro mandamento (cf. 3 jun., 20 ago.). Lucas adapta-a para ser a introdução à sua parábola do samaritano. A narrativa começa, subitamente, com um
doutor da Lei que se levanta para perguntar a Jesus o que fazer para herdar a vida eterna. A ideologia do doutor é a do mérito pessoal: fazer obras para herdar bens. Jesus devolve a pergunta: "O que está escrito na Lei?". Lucas
coloca a resposta, que era de Jesus em Marcos e Mateus, na boca de um doutor da Lei, o que é inviável: o amar a Deus e o amar ao próximo. Surge então a interrogação sobre "quem é o meu próximo?". Lucas apresenta a parábola do samaritano como resposta a esta interrogação. Ao passarem por um estranho, ferido e semimorto na estrada, um sacerdote e, depois, um levita desviaram-se indiferentes ao seu sofrimento. Foi um samaritano que, passando, aproximou-se do ferido e, com todo o cuidado, levou-o a um abrigo. Este samaritano, um excluído que se fez próximo do sofredor resgatando-lhe a vida, é oferecido como modelo para o doutor da Lei e para todos nós. Observar os mandamentos é cumprir as palavras de Jesus (primeira leitura), pela qual todos são reconciliados e a paz é instaurada
na terra (segunda leitura).


Autor: José Raimundo Oliva

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