terça-feira, 15 de junho de 2010



Amar as pessoas porque Deus as ama

Evangelho (Mateus 5,43-48)

Terça-Feira, 15 de Junho de 2010
11ª Semana Comum


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— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvis­tes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!’ 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos.
46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




Comentário do Evangelho

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo"

No Sermão da Montanha encontramos as propostas de novos comportamentos que escandalizavam a tradição religiosa das sinagogas e do Templo de Jerusalém. Uma delas é a superação da dualidade do amor ao próximo e o ódio ao inimigo. Esta dualidade era aceita tanto pelo sistema religioso do Judaísmo como pelos pagãos. No Livro do
Levítico (19,18) está prescrito: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo"; contudo, para o Judaísmo, o "próximo" tinha o sentido restrito dos irmãos de raça e religião. Em 85 salmos há referências ao "inimigo", que eram os gentios, fora do sistema religioso de Israel. Em vários deles há expressões de ódio e violência (por exemplo Sl 136,8-9; Sl 139,19-22). O ódio aos inimigos era também um princípio presente nos textos essênios de Qumrã. Jesus exorta a, não só, amar os inimigos, mas também orar por eles. A oração significa acolhê-los diante do Pai. O modelo de perfeição é o Pai
celeste, que derrama seus bens e oferece sua graça a bons e aos considerados maus, a justos e injustos.


Autor: José Raimundo Olivo


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