quarta-feira, 30 de junho de 2010



A criação leva a marca do Criador e deseja ser libertada

Evangelho (Mateus 8,28-34)

Quarta-Feira, 30 de Junho de 2010
13ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 28quando Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão violentos, que ninguém podia passar por aquele caminho. 29Eles então gritaram: “Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?”.
30Ora, a certa distância deles estava pastando uma grande manada de porcos. 31Os demônios suplicavam-lhe: “Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos”.
32Jesus disse: “Ide”. Os demônios saíram, e foram para os porcos. E logo toda a manada atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas. 33Os homens que guardavam os porcos fugiram e, indo até a cidade, contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. 34Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles.


Canção Nova lança Bíblia on-line para dispositivo móvel

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário do Evangelho

Jesus está presente, junto aos discípulos

Esta narrativa de milagre, carregada de simbolismos, já estava no Evangelho de Marcos. Mateus a resume substancialmente, dando sentido diferente. Em Marcos a narrativa exprime o empenho de Jesus em libertar os oprimidos sob as legiões do Império Romano. Em Mateus ela gira em torno do embate entre Jesus e os demônios. Os possessos passam a um segundo plano. A narrativa fica com um sentido restrito: Jesus que dominou a tempestade (Mt 8,26) domina também os demônios violentos. O mundo é possuído por pessoas que, com injustiça, conquistaram as riquezas e armazenaram as armas às custas de muitas vidas. Para manter seu poder devem, ostentando
violência, manter também o povo submisso e explorado. Neste quadro assombroso, Jesus está presente, junto aos seus discípulos, em suas comunidades, que vivem o projeto de libertação.


Autor: José Raimundo Oliva

terça-feira, 29 de junho de 2010


Jesus acalma uma tempestade

Evangelho (Mateus 8,23-27)

Terça-Feira, 29 de Junho de 2010
13ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia.
25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” 26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande cal­maria. 27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”


Canção Nova lança Bíblia on-line para dispositivo móvel

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Comentário do Evangelho

Na sua aflição, clamaram para o Senhor

Esta narrativa do mar acalmado nos permite entender como as primeiras comunidades da Judeia guardaram a memória de Jesus como sendo aquele dotado do poder de Deus manifesto no Primeiro Testamento: "Tu dominas o orgulho do mar e amansas as ondas que se elevam" (Sl 89,10), "Na sua aflição, clamaram para o Senhor, e ele os libertou de suas angústias. Ele transformou a tempestade em leve brisa, e as ondas emudeceram. Ficaram alegres com a bonança, e ele os guiou ao porto desejado" (Sl 107,28-30). É uma visão segundo a qual se procura fortalecer a fé a partir da afirmação de poder. Contudo, na memória de Jesus podemos colocar a ênfase não no poder extraordinário, mas sim na sua compaixão e em seu empenho em promover a vida onde ela se encontra ameaçada e em extinção. Com este olhar sobre Jesus, podemos fortalecer nossa fé a partir de seu imenso amor misericordioso que atrai e seduz e nos move ao seu seguimento, em comunhão com o Deus de amor. Marcos e Mateus farão uma segunda narrativa com este mesmo tema de travessia do mar agitado, após a partilha dos pães com as multidões.


Autor: José Raimundo Oliva


segunda-feira, 28 de junho de 2010


Evangelho (Mateus 8,18-22)

Segunda-Feira, 28 de Junho de 2010
Santo Irineu


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo,
18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”.
20
Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.


Canção Nova lança Bíblia on-line para dispositivo móvel


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário do Evangelho

Seguir Jesus é romper com as tradições mortas

Inserido na sua coletânea de dez milagres, Mateus apresenta o tema do seguimento de Jesus. Ele elabora sua narrativa a partir da mesma fonte (Q) que Lucas (9,57-60). Em Lucas os seguidores de Jesus seriam samaritanos,
pois o episódio ocorre na Samaria, na viagem de Jesus e seus discípulos para Jerusalém (cf. 27 jun.). Em Mateus a cena se passa em Cafarnaum, e o primeiro personagem é identificado como sendo um escriba, que se mostra
disposto ao seguimento de Jesus. A resposta de Jesus é um chamado à consciência sobre a opção que está sendo feita. O escriba deve abandonar o seu repouso confortante (toca e ninho) na doutrina e nas observâncias judaicas
e aderir ao abandono total nas mãos do Pai, como o Filho do homem, que não tem onde repousar a cabeça. Um outro dos discípulos pede tempo para enterrar o pai. A simples negativa de Jesus, tomada ao pé da letra, seria um tanto imprópria, por sua rudeza. Pode-se ver aí uma simbologia, na qual "o pai" significa a tradição do Judaísmo. Assim, a resposta de Jesus completa a anterior: seguir Jesus significa uma ruptura pura e simples com as tradições mortas que não favorecem a vida.


Autor: José Raimundo Oliva

quinta-feira, 24 de junho de 2010



Evangelho (Lucas 1,57-66.80)

Quinta-Feira, 24 de Junho de 2010
Natividade de São João Batista


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

57Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. 58Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. 59No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. 60A mãe, porém disse: “Não! Ele vai chamar-se João”.
61Os outros disseram: “Não existe nenhum parente teu com esse nome!” 62Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. 63Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: “João é o seu nome”. E todos ficaram admirados. 64No mesmo instante, a boca de Za­carias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Ju­deia. 66E todos os que ouviam a notícia ficavam pensando: “O que virá a ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele. 80E o menino crescia e se fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares desertos, até o dia em que se apresentou publicamente a Israel.




- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário do Evangelho

Os verdadeiros profetas fazem dom de sua vida

O nascimento de João Batista é apresentado, por Lucas, em paralelo com o de Jesus. Na narrativa do nascimento de João, a questão central é o seu nome. Zacarias era sacerdote no Templo e pela tradição o primeiro filho devia receber o nome do pai. Na anunciação a Zacarias, o anjo já comunicara seu nome, João, que significa "o Senhor é
misericórdia". Todos se perguntavam: "O que vai ser este menino?". O nascimento de João em idade tardia de Isabel, fora do comum, e a mudança do nome, indicando a ruptura com a tradição do Judaísmo, eram sinais de que este
menino era chamado por Deus a participar de uma missão surpreendente.


Autor: José Raimundo Oliva

terça-feira, 22 de junho de 2010


Evangelho (Mateus 7,6.12-14)

Terça-Feira, 22 de Junho de 2010
12ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 6“Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com o pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram”!


Canção Nova lança Bíblia on-line para dispositivo móvel

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Os discípulos são orientados para os caminhos dos excluídos

Em continuidade à coletânea de sentenças reunidas por Mateus no Sermão da Montanha, temos hoje três sentenças, sem conexão entre si. A primeira destas sentenças é exclusiva de Mateus. Chama a atenção o seu teor rude e discriminatório, quando considera alguns como cães ou porcos, em oposição aos que se julgam eleitos e santos. Parece inspirada no Livro do Levítico (22,10), onde as carnes sacrificadas no altar e consideradas santas só poderiam ser comidas pelos sacerdotes. Assim, a doutrina santa não deveria ser oferecida a quem for discriminado como estulto. A segunda sentença é a "regra de ouro", que faz parte da cultura universal. Exprime o fato de que toda pessoa tem o anseio de ser tratada com amor e justiça. Tratando assim as pessoas, ficam superados os Profetas e a Lei. Na terceira sentença as estradas e portas largas podem ser entendidas como acesso às cidades, projetadas pelo Império Romano, para melhor subjugar e explorar os povos dominados. As estradas e as portas estreitas são o caminho dos excluídos em suas humildes vilas. Rejeitando os caminhos do império, os discípulos são orientados para os caminhos dos excluídos.


Autor: José Raimundo Oliva

segunda-feira, 21 de junho de 2010

DIA DO TERÇO DOS HOMENS NO ESTADO DA PARAÍBA

A lei que instituiu o DIA DO TERÇO DOS HOMENS NO ESTADO DA PARAÍBA, conforme Diário Oficial do dia 09 de Maio de 2010:

"LEI Nº 9.113 DE 07 DE MAIO DE 2010"
AUTORIA: DEPUTADO BRANCO MENDES

Dispõe sobre a instituição do DIA DO TERÇO DOS HOMENS NO ESTADO DA PARAÍBA.

O GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBA:
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º - Fica instituido o Dia do Terço dos Homens no Estado da Paraíba, a ser celebrado, anualmente, no dia 7 de outubro.
Parágrafo Único - As comemorações alusivas ao Dia do Terço dos Homens, de que trata esta Lei, passam a integrar o Calendário Oficial do Estado.
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA, em João Pessoa, 07 de maio de 2010; 122º da Proclamação da República.

José Targino Maranhão
Governador

sexta-feira, 18 de junho de 2010



Riquezas no céu

Evangelho (Mateus 6,19-23)

Sexta-Feira, 18 de Junho de 2010
11ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 19“Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. 20Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. 21Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
22O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23Se o teu olho está doente, todo o teu corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Comentário do Evangelho

Deus é o Deus da vida

Este texto sobre a acumulação de riquezas fala bem fundo às raízes da ambição no coração. "Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração." O coração, na linguagem bíblica, é a expressão mais profunda do ser humano. Se seu coração está fixado nas coisas materiais, que são perecíveis, ele também se destina ao mesmo fim. O grande tesouro do céu é a vida. Se seu coração está aberto à comunhão de vida e amor com os irmãos, ele permanece para sempre vivo. Deus é o Deus da vida, e quem comunga com a vida comunga com Deus em sua eternidade. Jesus descarta a doutrina da retribuição que aflora no Primeiro Testamento. Segundo ela, Deus recompensaria os justos com riquezas e castigaria os maus com privações e sofrimentos. É o uso da religião para respaldar a ambição. O Livro de Jó já continha elementos desmascarando-a. Com a bem-aventurança da pobreza, Jesus revela o caminho da vida. Não se trata apenas de opções pessoais pela riqueza ou não. Está em questão a própria estrutura econômica da sociedade. A sociedade de acumulação de riquezas prende os ricos em suas malhas de morte e relega os pobres ao sofrimento e à exclusão.


Autor: José Raimundo Oliva


quinta-feira, 17 de junho de 2010



Evangelho (Mateus 6,7-15)

Quinta-Feira, 17 de Junho de 2010
11ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus.
11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós come­testes”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

A oração

Jesus dirige-se a Deus, chamando-o de Abba ("paizinho, painho, papai"). Jesus nos revela que a relação de Deus com os homens e mulheres é uma relação de geração no amor e para o amor eterno. Para exprimir esta relação,
é usada a imagem do "pai", que também pode ser da "mãe". Os Evangelhos registram, com frequência, momentos de oração de Jesus. Esta sua oração estimulava os discípulos, e também nos estimula a orar. E o próprio Jesus nos ensina como fazê-lo. A oração não consiste na exterioridade de gestos e palavras. Supõe o abandono confiante nas mãos de Deus, a consciência de sua presença entre nós, e o cultivo das disposições para a prática dos gestos concretos de união de vontade com Deus. É a conversão do coração à prática da partilha, consolidando as relações fraternas pelo perdão recíproco e pela reconciliação. Assim se constrói o novo mundo possível, de paz entre as pessoas e as nações.


Autor: José Raimundo Oliv

quarta-feira, 16 de junho de 2010




Aparências e hipocrisia, não!

Evangelho (Mateus 6,1-6.16-18)

Quarta-Feira, 16 de Junho de 2010
11ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa.
3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa.
6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fi­queis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade, vos digo: Eles já receberam a sua recompensa.
17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário do Evangelho

A vida só é plena se for vivida em comunhão

A "prática da justiça", na religião de Israel, significava a prática de observâncias legais que, se pretendia, tornavam justo o piedoso fiel. As mais consagradas eram: a esmola, a oração e o jejum. Praticando-as ostensivamente, os líderes religiosos garantiam seu prestígio e seu poder. Foram, assim, qualificados de hipócritas. A verdadeira comunhão com o Pai se faz no despojamento de tudo, na fragilidade e na partilha, vibrando com a vida, vida pujante ou
vida sofrida, mas sempre vida. Confiarmos na vida, no irmão, na bondade, na amizade. Admirarmos e vibrarmos com as belezas da natureza e da criatividade humana. A vida só é plena se for vivida em plena comunhão com outras vidas, superando as forças da morte.


terça-feira, 15 de junho de 2010



Amar as pessoas porque Deus as ama

Evangelho (Mateus 5,43-48)

Terça-Feira, 15 de Junho de 2010
11ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvis­tes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!’ 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos.
46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




Comentário do Evangelho

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo"

No Sermão da Montanha encontramos as propostas de novos comportamentos que escandalizavam a tradição religiosa das sinagogas e do Templo de Jerusalém. Uma delas é a superação da dualidade do amor ao próximo e o ódio ao inimigo. Esta dualidade era aceita tanto pelo sistema religioso do Judaísmo como pelos pagãos. No Livro do
Levítico (19,18) está prescrito: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo"; contudo, para o Judaísmo, o "próximo" tinha o sentido restrito dos irmãos de raça e religião. Em 85 salmos há referências ao "inimigo", que eram os gentios, fora do sistema religioso de Israel. Em vários deles há expressões de ódio e violência (por exemplo Sl 136,8-9; Sl 139,19-22). O ódio aos inimigos era também um princípio presente nos textos essênios de Qumrã. Jesus exorta a, não só, amar os inimigos, mas também orar por eles. A oração significa acolhê-los diante do Pai. O modelo de perfeição é o Pai
celeste, que derrama seus bens e oferece sua graça a bons e aos considerados maus, a justos e injustos.


Autor: José Raimundo Olivo


segunda-feira, 14 de junho de 2010



Não se vinguem dos que fazem mal a vocês


Evangelho (Mateus 5,38-42)

Segunda-Feira, 14 de Junho de 2010
11ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
38“Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Comentário do Evangelho

Não retribuir o mal recebido com outro mal

O princípio do "olho por olho e dente por dente" (lei do talião), com um caráter jurídico-social (Ex 21,23-24), abre as portas para a vingança pessoal. A prática da vingança gera uma espiral de violência. Não retribuir o mal recebido com outro mal é uma maneira de resistir ao círculo vicioso da violência. A questão se coloca também ao nível de relações internacionais. O terrorismo de estado com imenso poderio militar empreende violentas e cruéis guerras de ocupação,
visando a ganhos financeiros, que geram a reação terrorista dos pequenos, precariamente armados, com sacrifício de suas próprias vidas. Permanece acesa a chama da violência. O "não resistir" ao malvado não significa a submissão passiva ao mal que se propaga. Trata-se de não resistir violentamente. Entende-se que se sugere uma resistência não violenta ativa. Quando a reação do malvado que esbofeteia é causada por algum bem que o outro fez, oferecer a outra face é perseverar na prática do mesmo bem. Jesus questionou aquele que o esbofeteou (Jo 18,22-23). O pobre que luta por seus direitos e é agredido pelos poderosos não vai submeter-se à prepotência e abandonar a sua luta, e sim a manterá com firmeza. Na prática de Jesus encontramos a esperança da paz.


Autor: José Raimundo Oliva


domingo, 13 de junho de 2010



Evangelho (Lucas 7,36-8,3)

Domingo, 13 de Junho de 2010
11º Domingo Tempo Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 36um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa.
37Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com perfume.
39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”.
40Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, Mestre!”
41“Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro, cinquenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?”
43Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”.
44Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume.
47Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco, mostra pouco amor”.
48E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”.
49Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?”
50Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!”
8,1Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.

Evangelho (Lucas 7,36-8,3)

Domingo, 13 de Junho de 2010
11º Domingo Tempo Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 36um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa.
37Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com perfume.
39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”.
40Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, Mestre!”
41“Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro, cinquenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?”
43Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”.
44Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume.
47Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco, mostra pouco amor”.
48E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”.
49Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?”
50Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!”
8,1Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.




















- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

As mulheres vão com Jesus

A estranha situação de Jesus convidado para jantar na casa de um fariseu só é mencionada por Lucas (também em 11,37 e 14,1). O núcleo da narrativa é a antítese entre justos e pecadores. O "justo" é aquele autossuficiente que dissimula seus pecados, não precisa de ninguém, e é fechado sobre si mesmo. O "pecador" é quem reconhece sua fragilidade e sua fraqueza e busca socorro na solidariedade de alguém e, perdoado, manifesta sua gratidão pelo amor. A escolha dos Doze foi feita com destaque, anteriormente (6,12-16). Agora, além dos Doze, Lucas destaca três mulheres dentre as que acompanham Jesus. Entre elas é nomeada Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de
herodes, o que mostra a ousadia da mulher. Elas escolheram Jesus. Os Doze, atrelados à ideologia do Judaísmo, vacilam frequentemente. As mulheres vão com Jesus, confiantes, até o pé da cruz e junto ao sepulcro vazio. Nesta sua narrativa, Lucas destaca a proclamação do perdão dos pecados por Jesus e a salvação pela fé, que é, também, o tema da segunda leitura. A liturgia associa a esta narrativa de perdão o estranho episódio do arrependimento de Davi, após adulterar com Betsabeia e provocar, em seguida, a morte de seu marido, Urias (primeira leitura).


Autor: José Raimundo Oliva



sexta-feira, 11 de junho de 2010


Evangelho (Lucas 15,3-7)

Sexta-Feira, 11 de Junho de 2010
Sagrado Coração de Jesus


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 3Jesus contou-lhes esta parábola: 4”Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: `Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!`7Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




Comentário do Evangelho

Jesus tornar-se próximo dos "pecadores"

Jesus conta esta parábola aos fariseus e escribas que murmuravam contra ele porque comia com os excluídos, considerados "pecadores" (cf. 4 nov.). A categoria discriminatória de "pecador" tem origem nas normas jurídicas contidas na Lei, com as exigências de suas inúmeras observâncias, as quais eram infringidas pelo povo carente, em seu esforço para sobreviver. Eram normas emanadas das elites religiosas de Judá e do Judaísmo, e os seus inobservantes eram considerados "pecadores". A discriminação visava manter submisso o povo trabalhador e humilde, explorado pelo sistema do Templo e das sinagogas. A santidade era privilégio das castas que praticavam frequentes rituais de purificação, e usufruíam de privilégios e riquezas. Os fariseus e escribas escandalizam-se, e ficavam temerosos, com o fato de Jesus tornar-se próximo destes "pecadores", libertando-os de sua humilhação. Jesus deixa claro: ele vem buscar todo aquele que é excluído pelo sistema dos "justos". Com seu coração manso e humilde, Jesus acolhe a todos, restituindo-lhes a dignidade e a alegria de viver.


Autor: José Raimundo Oliva

quinta-feira, 10 de junho de 2010


O diferencial do cristão: o amor

Evangelho (Mateus 5,20-26)

Quinta-Feira, 10 de Junho de 2010
10ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’.
22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.
23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário do Evangelho

A rejeição é um desrespeito à vida

O antigo mandamento da Lei de Moisés "não matarás" só se aplicava entre os membros do povo eleito. Contudo, os povos vizinhos, considerados inimigos, podem ser exterminados, em nome de Deus. Jesus vem destacar o verdadeiro sentido do respeito à vida. A rejeição de alguém já é um desrespeito à vida. E deve-se buscar a reconciliação com aquele que é visto como adversário ou inimigo. Nenhuma oferta cultual é agradável a Deus se não houver a acolhida e a reconciliação entre os irmãos. A sociedade de mercado, que visa ao lucro e ao poder, alimenta-se da morte. Seus líderes são executivos da injustiça e da guerra. Assim, relegam à doença, à fome e à morte
multidões de excluídos. Pela compaixão e pela reconciliação, os discípulos de Jesus, hoje, consolidam a vida e constroem a paz aspirada por todos.


Autor: José Raimundo Oliva