SEGUNDA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2011
Evangelho (Lucas 4,24-30)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”.
28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário do Evangelho
Jesus é identificado como um profeta
O texto de Lucas acentua a dimensão controvertida do anúncio de Jesus e justifica o anúncio aos gentios. Jesus é identificado como um profeta. O judaísmo é uma forma tardia da religião de Israel, formado a partir do exílio de Judá. Em Judá já se vivenciava uma religião diferenciada de Israel, centralizada na teologia davídica. Alguma esperança de igualdade e liberdade que animava o Israel antigo foi progressivamente afastada pela realeza e pelo Templo. Elias e Eliseu eram profetas de Israel, tradicionalmente populares. Representavam a defesa daquela esperança. Os dois gentios que acolheram as palavras dos profetas representam o universalismo da salvação. Agora, todos estão apegados ao seu clã religioso, com suas pretensões nacionalistas e irritam-se com Jesus. Jesus passa por eles, para dirigir-se àqueles que acolherão sua mensagem de amor e misericórdia.
José Raimundo Oliva
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