quinta-feira, 13 de agosto de 2009



Perdoar é amar

Quinta-Feira, 13 de Agosto de 2009 Santíssima Eucaristia – 3B

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18,21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muitos tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias, tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 19,1Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão. -

Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

O perdão

Mateus nos apresenta esta parábola sobre o perdão como o núcleo do Sermão de Jesus sobre a Igreja. Nela é feita uma reversão da violência presente no Antigo Testamento: "Se Caim for vingado sete vezes, Lamec o será setenta e sete vezes!" (Gn 4,23-24). Jesus revela que nosso Deus é o Deus do perdão. Perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes, isto é, perdoar sem limites. A parábola desenvolve-se de forma oscilante entre o perdão e a violência. Mais sugestiva para revelar a misericórdia divina é a parábola do filho pródigo. Pela prática da misericórdia, mantemos o vínculo da unidade na comunidade e entramos em comunhão com Deus.

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