quarta-feira, 27 de abril de 2011

QUARTA-FEIRA, 27 DE ABRIL DE 2011

Evangelho (Lucas 24,13-35)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.
15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?
19Ele perguntou: “Que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Naza­reno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.
25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem che­gando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.
31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




Comentário do Evangelho

Os discípulos de Emaús

Nos evangelhos percebe-se que Jesus não chegou a ser entendido plenamente pelos discípulos em sua vida. Jesus, com seus atos e suas palavras, revelava que os laços de união com ele e com o Pai são simples e puramente os laços do amor. O grande gesto simbólico deste amor foi a partilha do pão com as multidões e com os discípulos.
As tradições e a cultura neste mundo são marcadas por uma ideologia de enriquecimento e de poder, fria e sem amor. Assim era a expectativa messiânica da tradição de Israel, partilhada pelos discípulos que esperavam que Jesus fosse um messias nacionalista poderoso. Os discípulos de Emaús, embora juntos de Jesus ressuscitado, dialogando com ele, só o reconheceram no gesto da partilha do pão. A comunidade que dialoga, acolhe e partilha descobre Jesus presente em seu meio

sábado, 23 de abril de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

IMAGENS DA ENCENAÇÃO DA PAIXÃO DE CRISTO EM PATU

JESUS É JULGADO

JESUS É CONDUZIDO PARA FLAGELAÇÃO


O PÚBLICO FOI BASTANTE EXPRESSIVO

JESUS É FLAGELADO



JESUS É CRUCIFICADO ENTRE DOIS LADRÕES




APARIÇÃO DE JESUS APÓS RESSUREIÇÃO

A ASCENSÃO DE JESUS

NOTA DO BLOG: A encenação da paixão de Cristo deste ano contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura através do secretário Genival Júnior e da Paróquia de Nossa Senhora das Dôres, através do Padre Domingos de Sá.
A peça teatral foi dirigida pelo Secretário de Cultura Genival Júnior e contou com a participação de jovens da Paróquia de N. S. das Dôres e pessoas da comunidade que atuaram como atores e figurantes.

terça-feira, 19 de abril de 2011

TERÇA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2011

Evangelho (João 13,21-33.36-38)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. 22Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando.
23Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus.24Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?”
26Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Isca­riotes. 27Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: “O que tens a fazer, executa-o depressa”.
28Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso.29Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer: ‘Compra o que precisamos para a festa’, ou que desse alguma coisa aos pobres. 30Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite.
31Depois que Judas saiu, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me pro­curareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”.
36Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas seguirás mais tarde”. 37Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” 38Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Em Jesus se manifesta a glória de Deus

Durante a última ceia, Jesus lava os pés de seus discípulos. Seis dias antes, na ceia em casa de Lázaro, Maria, em um gesto de amor, ungira os pés de Jesus com perfume. Agora, Jesus anuncia duas negações. Uma, radical, da parte de Judas, que trai Jesus. Outra, da parte de Pedro, que, em um momento, negará ser discípulo de Jesus. Em Pedro estão representados os demais discípulos que se afastaram de Jesus no momento de sua prisão. Porém, tudo contribuirá para a glorificação de Jesus. Neste evangelho, por vinte e três vezes, Jesus faz referências à sua glorificação. Em Jesus se manifesta a glória de Deus, pela sua fidelidade ao Pai, toda sua vida, em seu amor misericordioso e comunicador da vida eterna.

José Raimundo Oliva

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Evangelho (João 12,1-11)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.
4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela.
7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”.
9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Jesus hospeda-se em Betânia

Como era seu costume, Jesus hospeda-se em Betânia, na casa de Marta, Maria, e Lázaro, seis dias antes da Páscoa dos judeus. Após a ressurreição de Lázaro, os chefes dos sacerdotes e os fariseus tinham ordenado que quem soubesse onde Jesus estava o denunciasse para que o prendessem. Esta ceia, em casa de Lázaro, antecede a outra ceia na véspera da Páscoa, em Jerusalém, onde Jesus lava os pés dos discípulos. A casa de Lázaro representa o reduto dos excluídos. Na ceia Maria unge os pés de Jesus com perfume precioso e os enxuga com seus cabelos, o que agrada Jesus. Este gesto de amor feminino é uma expressão do amor a ser vivido nas comunidades dos discípulos. A comunhão na mesa continua na comunhão de vida com os empobrecidos.

José Raimundo Oliva

quinta-feira, 14 de abril de 2011

QUINTA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2011

Evangelho (João 8,51-59)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 51“Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”.52Disseram então os judeus: “Agora sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra jamais verá a morte’. 53Acaso és maior do que nosso pai Abraão, que morreu, como também os profetas? Quem pretendes ser?”
54Jesus respondeu: “Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. 55No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso, como vós! Mas eu o conheço e guardo a sua palavra. 56Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia; ele o viu, e alegrou-se”. 57Os judeus disseram-lhe então: “Nem sequer cinquenta anos tens, e viste Abraão!” 58Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou”. 59Então eles pegaram em pedras para apedrejar Jesus, mas ele escondeu-se e saiu do Templo.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Jesus indica o caminho da vida

Os diálogos desta leitura encerram o longo debate entre Jesus e os judeus a partir da figura de Abraão. Os judeus reivindicavam a descendência abraâmica como garantia de sua justificação diante de Deus. Jesus afirma-se como aquele que conhece ao Deus Pai e é glorificado por ele. Assim é Jesus, e não Abraão, quem indica o caminho da vida."Eu sou", quem o diz é o Jesus Filho de Deus encarnado, humano. Não é um deus oculto e invisível que o diz, mas o Jesus histórico e concreto em sua realidade corpórea. Este homem divino tem a plenitude do ser, da existência, inserido na eternidade, que é comunicada aos discípulos que guardam sua palavra.
José Raimundo Oliva

quarta-feira, 13 de abril de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Evangelho (João 8,31-42)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 31Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, 32e co­nhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
33Responderam eles: “Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?”
34Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. 35O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. 36Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. 37Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós. 38Eu falo o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai”.
39Eles responderam então: “Nosso pai é Abraão”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão! 40Mas agora, vós procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o fez. 41Vós fazeis as obras do vosso pai”.
Disseram-lhe, então: “Nós não nascemos do adultério, temos um só pai: Deus”. 42Respondeu-lhes Jesus: “Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí, e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

A adesão ao projeto de Jesus leva à solidariedade

Temos neste texto mais uma expressão da oposição dos judeus a Jesus. Na primeira parte fica em evidência o contraste entre livres e escravos. A fidelidade a Jesus e à sua palavra abre o discípulo à verdade e este encontra a liberdade. Quem pratica o pecado torna-se escravo. O pecado dos chefes judeus era a sede de poder e das riquezas e, assim, exploravam a piedade do povo.Na segunda parte Jesus descarta a paternidade de Abraão e de Deus a estes chefes religiosos, pois estes procuravam matá-lo. A escravidão à ambição do poder e do dinheiro leva à morte. A adesão ao projeto vivificante de Jesus e do Pai leva à solidariedade e à experiência da liberdade, proporcionando ao coração a alegria de viver.

José Raimundo Oliva

segunda-feira, 11 de abril de 2011

SEGUNDA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2011

Evangelho (João 8,1-11)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Levando-a para o meio deles, 4disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?”
6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio, em pé. 10Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Amor misericordioso de Deus

Este episódio é reconhecido como sendo uma narrativa colhida na tradição das comunidades primitivas, incluído tardiamente no evangelho de João. Nele uma mulher é acusada de adultério pelos escribas e fariseus. Este adultério implica em uma parceria masculina. Assim, neste pecado talvez estivessem envolvidos alguns homens que a acusavam. Após a observação de Jesus, todos renunciam a apedrejá-la. No mal que atinge alguma pessoa pode-se considerar que há, de alguma maneira, uma responsabilidade de todos. Nesta narrativa, por sua singeleza e beleza, encontramos a expressão do amor misericordioso de Deus. A manifestação deste amor, em Jesus, é a essência da revelação.

José Raimundo Oliva

sábado, 9 de abril de 2011

Evangelho (João 7,40-53)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 40ao ouvirem as palavras de Jesus, algumas pessoas diziam: “Este é, verdadeiramente, o Profeta”. 41Outros diziam: “Ele é o Messias”. Mas alguns objetavam: “Porventura o Messias virá da Galileia? 42Não diz a Escritura que o Messias será da descendência de Davi e virá de Belém, povoado de onde era Davi?”
43Assim, houve divisão no meio do povo por causa de Jesus. 44Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém pôs as mãos nele. 45Então, os guardas do Templo voltaram para os sumos sacerdotes e os fariseus, e estes lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?”
46Os guardas responderam: “Ninguém jamais falou como este homem”.47Então os fari­seus disseram-lhes: “Também vós vos dei­xastes enganar? 48Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele?49Mas esta gente que não conhece a Lei, é maldita!”
50Nicodemos, porém, um dos fariseus, aquele que se tinha encontrado com Jesus anteriormente, disse: 51“Será que a nossa Lei julga alguém, antes de o ouvir e saber o que ele fez?” 52Eles responderam: “Também tu és galileu, porventura? Vai estudar e verás que da Galileia não surge profeta”. 53E cada um voltou para sua casa.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Jesus suscita controvérsia

Jesus está na festa das Tendas, em Jerusalém. João a chama de "festa dos judeus" (7,2) indicando que o interesse de Jesus não era a festa, mas o anúncio da Boa Nova aos peregrinos que chegavam. Em João é frequente a referência genérica a "judeus" como os adversários de Jesus. Jesus suscita a controvérsia em relação à sua pessoa. É o profeta que anunciará o messias ou é o próprio Messias (Cristo) triunfante? Para os chefes e os fariseus a origem humilde de Jesus não permite nenhuma destas interpretações. Porém, para o povo oprimido, Jesus "fala como jamais ninguém falou". É o anúncio da novidade do Reino, que suscita a curiosidade das mentes submissas à ideologia do poder. Mas o amadurecimento é lento. Exige escuta, acolhida e libertação.

José Raimundo Oliva

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Evangelho (João 7,1-2.10.25-30)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus andava percorrendo a Galileia. Evitava andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. 2Entretanto, aproximava-se a festa judaica das Tendas. 10Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a festa, não publicamente mas sim, como que às escondidas.
25Alguns habitantes de Jerusalém disseram então: “Não é este a quem procuram matar? 26Eis que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as autoridades reconheceram que ele é o Messias? 27Mas este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde ele é”.
28Em alta voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo: “Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, 29mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou”. 30Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Crer em Jesus

João apresenta densos momentos de revelação e destaca o conflito de Jesus com o sistema religioso a partir de suas principais festas. Enquanto nos sinóticos o conflito de Jesus é com os dirigentes judeus, fariseus, escribas, sacerdotes, em João o conflito é, genericamente, com os judeus. Por outro lado, o evangelho de João transparece grande simpatia pelos samaritanos, podendo-se pensar que teria aí a sua origem. "Vós me conheceis e sabeis de onde eu sou". É a expressão da comum condição humana de Jesus. Ele já era conhecido, é o galileu. A seguir Jesus fala da sua origem divina, a qual não foi reconhecida pelos judeus. Seus próprios discípulos eram vacilantes em reconhece-lo. Da parte dos judeus já estava decidida a sua morte. Crer em Jesus, Filho de Deus, é reconhecer a sua presença nos homens e mulheres, hoje!

José Raimundo Oliva

segunda-feira, 4 de abril de 2011

SEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2011

Evangelho (João 4,43-54)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 43Jesus partiu da Samaria para a Galileia. 44O próprio Jesus tinha declarado, que um profeta não é honrado na sua própria terra. 45Quando então chegou à Galileia, os galileus receberam-no bem, porque tinham visto tudo o que Jesus havia feito em Jerusalém, durante a festa. Pois também eles tinham ido à festa. 46Assim, Jesus voltou para Caná da Galileia, onde havia transformado água em vinho.
Havia em Cafarnaum um fun­cionário do rei que tinha um filho doente.47Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Ca­farnaum curar seu filho, que estava morrendo. 48Jesus disse-lhe: “Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais”. 49O funcionário do rei disse: “Senhor, desce, antes que meu filho morra!” 50Jesus lhe disse: “Podes ir, teu filho está vivo”. O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora.
51Enquanto descia para Ca­farnaum, seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. 52O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: “A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde”. 53O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: “Teu filho está vivo”. Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família. 54Esse foi o segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da Judeia para a Galileia.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Evangelho (Marcos 12,28b-34)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 28bum escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”.
32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”.
34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Supremacia do amor

As relações dos chefes religiosos de Israel com Jesus são sempre conflitivas. Agora, em um diálogo que aparenta uma certa harmonia, Jesus termina com alguma prudência: o escriba não está longe do Reino de Deus. As tradições de Israel e judaica haviam acrescentado 613 mandamentos à Lei. Entre os doutores da lei se debatia sobre qual seria o principal de todos eles. No diálogo o escriba afirma a supremacia dos mandamentos do amor a Deus e do amor ao próximo. Porém não basta saber disto. É necessário praticá-lo. Pela semelhança que há com o diálogo com o homem rico, observante dos mandamentos, percebe-se que falta o ato fundamental da conversão. "Vai, vende o que tens, dá aos pobres... depois vem e segue-me". É o desapego ao dinheiro e a prática da partilha, na fraternidade e solidariedade com os excluídos.

José Raimundo Oliva